Design Ladder…modelos, frameworks, desenhos e representações na teoria de design (parte 1)
por Fabiane Wolff
Conversando com um grupo de doutorandos e mestrandos (muito especiais, por sinal!), surgiram algumas dúvidas e ponderações sobre a escada do design. Achei algumas delas interessantes e resolvi trazer para nossa conversa no 360 Graus | Conhecimentos em Design.
Antes de tudo, é legal lembrar que a escada é uma representação gráfica dos resultados da pesquisa desenvolvida em 2001 pelo Danish Design Center, e você encontra mais sobre ela aqui: https://danskdesigncenter.dk/en/design-ladder-four-steps-design-use.
Ao contrário do que muitos pensam, ela não era um modelo teórico na sua origem. Foi criada como uma representação gráfica do resultado da pesquisa desenvolvida para saber como as empresas da região utilizavam design.
Claro, fez todo o sentido para explicar o que vemos no dia a dia das empresas e a escada fez muito sucesso! Os pesquisadores acadêmicos passaram a verificar sua consistência teórica e também a replicação desta realidade em outros ambientes.
E ai sim, a escada passou a ter suporte teórico. Ao longo destes 20 anos, diversos autores publicaram estudos analisando sua validade, estruturando seus degraus, dividindo-os conforme outros temas surgiram e até ampliando a escada para 6 degraus, como fez Bucolo.
Este primeiro ponto me fez retomar duas questões super importantes para nossa área: modelos, frameworks, desenhos e esboços são representações de pensamentos e teorias. E teoria é teoria.
E tem grandes diferenças, sim! Se existe pesquisa teórica e de campo para comprovar algo teremos modelos e frameworks, se são simples desenhos que representam pensamentos, temos esboços e figuras. E isso não é demérito nenhum. As coisas são como são!
Prometi pra turma entrar na polêmica do double diamond mais adiante, e aí trago para cá a discussão, ok? :) Um spoiler: não é modelo coisa nenhuma!!!!